Del’fin (ou “Dolphin”, como é mais conhecido no ocidente) é um poeta e músico russo, nascido Andrey Vyacheslavovich Lysikov. Dançava break e vendia matrioshkas nas ruas de Moscou até entrar numa boy band russa, chamada “Malchyshnik”, em 1992. Acabou sendo o principal compositor e líder da banda. Sua inclusão na banda rapidamente mudou a imagem que esta tinha, pois ele reorientou o projeto para uma linguagem que chocou os antigos fãs, falando abertamente de temas que ainda eram tabu em uma Rússia recém ex-soviética. Além disso, direcionou a sonoridade pop para algo bem mais alternativo.

Em 1993 passou a lançar trabalho solo, sem desligar-se da banda, que veio a terminar 3 anos depois. Com letras francas e um som poderoso, álbum após álbum (foram 8 de estúdio até agora), conquistou o respeito da crítica e do público. Com suas incríveis performances ao vivo, tornou-se cultuado e ídolo de toda uma geração. Marcante em sua poesia, teve suas composições reconhecidas pela União Nacional de Escritores Russos. Em 2000 foi contemplado com o mais prestigioso prêmio russo, o troféu “Triumph”, por sua contribuição musical para a cultura nacional.

O lançamento do álbum “Zvezda”, em 2004, colocou o cantor em um novo estágio de popularidade, tendo alcance em toda a Rússia (que, vamos combinar... é coisa pra caramba). Mas isso certamente também se deve ao fato de ele ter assinado contrato com a Universal Music Russia dois anos antes.

Capa do álbum "Zvezda" (2004)

Contudo, não esperem uma grande voz. Ele mal canta, parece mais estar falando (ou recitando versos). A força do seu trabalho está nas letras (é... quem não entende russo fica em desvantagem aqui...) e na pegada da batida (eletrônica ou de bateria mesmo, já que é o instrumento que ele toca ao vivo).

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