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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

BANKS




(First of all: Confesso que conheci esta cantora após receber um vídeo de uma stripper hipster chamada Soren Highs, que viralizou no WhatsApp fazendo pole dance ao som de “Brain” após fumar algo bem suspeito em um narguilê.)

Usando como nome artístico apenas o sobrenome, a cantora californiana Jillian Rose Banks teve seu primeiro álbum lançado em 2014, após percorrer a trajetória de EP’s que a indústria fonográfica atualmente exige (e pela qual passaram também Azealia Banks e diversos novos artistas).

Com dois EP’s lançados em 2013 (Fall Over em março e London em setembro), BANKS (com nome estilizado em caixa alta mesmo) veio a ter atenção da crítica após ter uma de suas músicas (“Before I ever met you”) tocada no programa BBC Radio 1 Show.

Seu contato com a música começou ainda na escola. Ela compunha para lidar com o divórcio dos pais e só dez anos depois mostrou seu trabalho a produtores musicais. Ela disse, em entrevista à BBC, “você não tem as ferramentas nessa idade (15 anos) para realmente saber como desenvolver as ideias que surgem na sua cabeça. Eu me sentia muito só e desamparada. Eu não sabia como expressar o que eu estava sentindo ou pra quem contar”. Por isso manteve em segredo as suas composições até completar a graduação em Psicologia.


A sonoridade de seu primeiro álbum, “Goddess”, traz uma continuidade do que seus EP’s já haviam mostrado. Trata-se de um R&B com muita (MUITA MESMO) influência do trip hop. Os vocais etéreos, típicos da viagem do trip hop, com uma certa calma intimista, ao estilo de Martina Topley-Bird, soam em tom de desabafo melancólico à la Lana Del Rey. A mencionada calma é rompida pelo desespero de sua voz, como nos gritos ao final de “Brain”. (A crítica especializada compara seu trabalho com o de Aaliyah e Lauryn Hill. Não concordo, mas quem sou eu perto dos “especialistas, né? E SIM, suas fotos de divulgação parecem gritar “Quero ser Lana Del Rey! Vejam como sou mais melancólica e dark”). 


Bem, feitas as apresentações básicas, aproveitem o som da estreante BANKS. Adicionei alguns clipes dela aqui embaixo, mas não esperem muita criatividade nos vídeos. Quase todos seguem a mesma estética, em preto e branco (só 3 são coloridos, sendo que dois destes são super monocromáticos). O vídeo de “Drowning” parece ter sido filmado numa instalação da Yayoi Kusama no CCBB e o de “This is what it feels like” só perde em cafonice para os clipes da Sade. Estejam avisados!

Brain:

Waiting game:

Begging for thread:

Drowning:

This is what it feels like:
https://www.youtube.com/watch?v=naMvm2DUKiE

E, claro, o vídeo que me levou a conhecer BANKS:
https://www.youtube.com/watch?v=PZj3Fs6wWBI

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